quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Nós e mais nós

que não se desembaraçam...
Há alguns anos atrás, ainda sem filhos andávamos os dois fazendo km de btt e sempre andávamos atentos a terrenos que viamos pelo caminho. Naquela altura pensávamos fazer uma casa rustica para ver crescer as nossas crias, até que um dia deparámo-nos com um terreno fantástico, uma área excelente, vista mar, com artigo urbano. Cuscámos e acabámos por comprar o dito por um bom preço.
Só que... veio a revelar-se um negócio envenenado, infelizmente. Ora fizémos a escritura, tudo dentro dos conformes, fizémos projeto e pedidos autorização para deslocar a casa, uma série de coisas..
Quando o topógrafo foi  fazer as medições ao terreno e colocar corretamente os marcos a delimitar o mesmo, levantou-se a lebre...
Meses dps, tvz 1 ano após a compra surgiu uma notificação do tribunal, com uma acção judicial contra o ex-proprietário a reclamar direitos patrimoniais relativos à parte rustica! Como é possivel uma coisa destas? Com tudo registado nas finanças, no registo predial? Bem, contactámos uma advogada para verificar o que se passava... Andámos enrolados desde 2006 entre tribunal, o advogado do ex-proprietário a dizer que nada davam como provado, que tudo se resolvia, quando já na fase final do processo, o "velhote" pôs os pés pelas mãos e confessou que realmente o terreno pertencia aos outros! Onde vivemos oh senhores??????como isto é possivel???? Ao que parece, a ex-mulher do ex-proprietário, tinha em seu poder uma procuração e vendeu essa parte aos reclamantes! Isto foi há mais de 20 anos atrás, e nada chegou a ser registado, desanexado!!!!! E este "velhote" fez o negócio pela candonga, de má fé.
Ora, depois destes anos todos, o passo seguinte é interpor uma acção judicial contra esta figura. E quando isto vai terminar? E se o velho bate as botas? Está emigrado na América, já pedi à advogada que me acelere isto, que ponha uma acção de penhora a bens que o individuo ainda tenho em sua posse, pois sei que está a vender tudo em Portugal!!!! Se encontrasse este sr, não sei o que lhe faria. realmente! E depois disto tudo, nem uma palavra, pensa que se perde assim uma coisa destas e não via consequências?
E os juros que pago mensalmente por uma coisa que não é minha? E todos os danos causados? Desgraçado, vai pagá-las bem!!!!
A sorte ou azar é que, sinto-me muito bem no meu apartamento! Prático, espaçoso, com excelente localização na cidade: com uma boa área exterior que permite apanhar ar livre e contemplar o mar e parte velha da cidade. Disfruto do melhor da cidade, não tenho stresses com manutenção de jardins e terrenos, fazemos a nossa vida normalmente durante a semana, já que no final de semana, podemos usufruir do campo, da casa e piscina da sogra.
E se não tivesse essa sorte? E se tivesse adquirido aquele terreno para habitação emergente? Belo negócio! Gato por lebre....Lá se vai o meu pomar, o meu burro e o meu mostruário de chás e plantas que um dia sonhava ter ... Resta-nos esperar... É UM bem que tenho, que hei-de deixar à sminhas filhas... hei-de construir uma casa, conforme planeio.
Sempre que vou lá , deixo envolver-me emocionalmente e fico empolgada projetando casa e afins, mas bem... os tempos que correm não estão para grandes voos, um passo de cada vez... o sonho tem de ser redimensionado (para muuuuuuuuuuuuuuuito menor dimensão).


1 comentário:

Dina disse...

Infelizmente essa situação não é inedita neste pais. Há muitas situações dessas e outras piores. É preciso que tua advogada seja agil e tome medidas urgentes. Mas a justiça de Portugal esta lentaaaaaaaaaaa.
embora as hipotecas penso que sejam rapidas.
Não percas o sonho de vista.
beijocas