quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Noites agitadas

eu bem disse que 2012 seria o ano em que tenho que tratar de moi même. Há 15 dias que ando com uma tosse danada!
tenho o meu marido de férias e portanto não ando tão pressionada a trabalhar com a Eva a tiracolo.
A Eva está linda e maravilhosa. Brevemente tenho que lhe dedicar um post em exclusivo.
A Carmen cresce, mto sensivel e inteligente...
Hoje vou ao ginecologista. Tenho que ver as minhas entranhas, fazer uma citologia e estudar alternativas à pilula. Este "esquecimento" da pilula este mês fez-me constatar que ando muito melhor da minha pele. Pode ser coincidencia, não sei, mas aquela acne horrorosa está mais controlada, graças a Deus!
Sinto-me cansada. O facto de não ir ao ginásio tão assiduamente reflete-se logo no meu corpo e sobretudo no meu estado de espirito. É verdade! Estou um pouco decepcionada com o ginásio, pq inscrevi-me, pago uma pipa de massa, pois era o unico que oferecia aulas de grupo à hora do almoço. Ultimamente ninguém aparece nas aulas e algumas não ocorrem e isto está a chatear-me bastante e acabo por não me ver tão focada como pensei. Para além de sentir que este mês foi € jogado ao vento. Anseio por uma conversa com o gerente.
Dps a isto junta-se o facto de fazer as coisas para que a Carmen fique comigo o mais tempo possivel. Não tem ido com regularidade ao infantário, afinal o pai está de férias. Mas isto tem sido muito cansativo, pq a minha princesa loira simplesmente não dorme. Leva N tempo para adormecer à noite e dps às 6h mais coisa menos coisa está de pé. Em casa já não dorme a sesta, dormia no carrinho de passeio ou no carro, coisa que raramente faz. Conclusão, chega ao final da tarde e é uma loucura, pq ela está exausta, cansada e não dorme, tanto esforço da nossa parte pra lhe dar de comer cedo e orientar tudo pra lhe deitar e acaba por adormecer meia hora mais cedo!!! Por isso, tem vezes, como hoje que vai pois é a unica forma que vejo dela descansar.
Depois tem tido noites agitadas. Chama muito por mim ou pelo pai e esta noite levantei-me tantas vezes que nem sei. Já estava alerta que até ouvia a miuda do andar de baixo pelo ventilador a chamar pela mãe e eu pensando ser a Carmen.
Se vale a pena? VALE! Mas ser mãe é mm assim.

Quanto à passagem de ano, já disse ao meu marido que quero SOSSEGO. Quero jantar descansada com o meu marido, aquecer os pés na lareira e ver o fogo de artificio em 1.º plano. Na minha casa é possivel fazê-lo. Me desculpem esta fase menos social, mas com as duas já o ano passado fiz o mesmo e foi o melhor.

bj e bom ano!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Rescaldo natalicio

O Natal correu bem, em familia. As minhas filhas portaram-se bem. Aguentaram para ver o pai natal, embora se tivesse antecipado a chegada do dito. Pensava que a Eva ia encostar, mas brincou, andou cá e lá, de colo em colo... Volta e meia murchava, mas subitamente ganhava vida.
Lembro-me que a Carmen na mm idade que tem agora a Eva, esse natal andei stressada a tentar adormecê-la e só me desgastei, ela não queria mm dormir, então já tinha a lição estudada e dias não são dias, tudo correu bem, abriram prendas e dps fomos para casa. A EVa apagou no regresso. Já a Carmen ainda estava excitada e pos-se a brincar com uns little pet shops. Mas de manhã estava de pe à hora do costume, dormiu 6 horas e levou o dia de nAtal a brincar sem dar parte fraca e ainda... a lutar contra o sono de noite. tem cá uma resistencia esta menina!

Jà eu cá ando, sempre em piloto automático, a tentar ajustar-me às necessidades delas. De há uns tempos para cá tenho pensado como as coisas mudaram em relação ao meu desejo de engravidar. Hoje, sei que muito em parte devido às circunstâncias, ponho um ponto final na vinda de um 3.º filho. Não sei se é definitivo, mas eu quero ser mãe, que é diferente de querer ter filhos.
As minhas gravidezes contaram com 14 meses de diferença. adoro SER mãe, por isso sinto que seria injusto pensar num bebe. as minhas filhas precisam muito de mim, sinto um grande peso nas minhas costas, porque somos apenas os dois, não contamos com mais ninguém. As prioridades alteraram-se, eu releguei para 2.º plano a minha realização profissional, ajustei horários e só trabalho meio tempo, para dar assistencia às minhas filhas.
Sinto que a minha presença na vida delas é fundamental, no minimo, nos primeiros 2 anos de vida e, felizmente conseguimos orientar as coisas para que tal seja possivel.
Só agora eu consegui "abrir mão" delas para ir correndo ao ginásio extravasar as minhas energias, sei que mm assim sinto uma "culpa" inconsciente, qdo me desprendo para tentar ir às compras ou qq coisa, simplesmente acabo por não aproveitar o pouco tempo que eventualmente poderia ter, sempre às pressas p não sobrecarregar o meu marido... Não tenho tempo para olhar bem pra uma loja de roupas, ver as tendencias da moda ou simplesmente deter-me em conversas com alguém com quem me cruzo na rua e, se isso acontece, bye bye para aquilo que queria fazer... eu vivo bem com tudo isto, há dias em que estou mal humorada, disparo contra o marido ao mesmo tempo que viro a cabeça para algumas delas e sintonizo a sua frequencia: o meu marido diz que pareco bipolar... eu sei é distinguir as coisas...
por estes pequenos momentos que tenho comigo própria, e pela autonomia que as minhas filhotas começam a ter... acho que fico por aqui.

Isto tudo porque este mês esqueci-me de comprar a pilula, 1, 2, 3 dias. Dps não dava jeito e tenho voltar a tomá-la.Isto fez-me olhar cá pra dentro...
Tenho qie ir a um ginecologista... o meu parto foi quase domiciliário, correu tão bem que ne revisão pos.parto fiz! Desmazelo? Na altura havia coisas mais importantes pra fazer.
Como estarão as minhas entranhas? Tenho pensar noutras hipóteses à pilula, que me esqueço com frequencia.. Talvez um DIU? Dizem que é contra-indicado com a Vibroplate. Eu raras vezes faço, mas queria ter mais informações.

Parece que em 2012 terei que priorizar a minha saúde.

bjos
Carla

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O que é isto?

Estes dias têm-me posto à prova. No meu condominio, tdo tem acontecido: elevador avariado desde o fim de semana (moro no 4.º andar), imaginem carregar tudo e 2 crianças... para ajudar, ontem o portão da garagem estava todo espatifado. Diz o meu marido que provavelmente o automático não funcionou e alguém deve ter forçado a abertura manual de tal forma que nem abrir a porta se conseguia. Resultado: fiquei sem carro, justamente na tarde da festa de natal da carmen. Senti-me invadir por uma coisinha má e frustrada só me apetecia rebentar com aquele portão, como é que eu iria à festa da minha menina?
Respirar fundo e por a cabeça a trabalhar, lembrei-me do carro do meu tio, que está encostado pois foi para o Brasil e tinha a cadeirinha auto da filha, só precisava o assento para a outra.
Ao meu marido marcaram-lhe dentista justamente naquela tarde e eu fiquei furiosa, pois mais uma vez, teria que desenrascar -me sozinha. Disparada, vou para a escola a ver se consigo apanhar um lugar para assistir à festa pois sp que há festa é uma loucura, gente aos montes p todo o lado e eu vou com uma crinça nos braços... Sorte ao menos nisso tive. A minha prima acabou p ir comigo, convidei-a qdo fui buscar o carro.

Na festa, a 1ª atuação a minha menina entrava na peça duma outra sala e fiquei com o coração apertado pois vi-a a entrar a soluçar. Uns grandes soluços :( Estava longe, ela não conseguia ver-me e eu n conseguia perceber o que se estava a passar. Soube dps que o pai entrou nesse preciso momento e não aguentou e foi ter com ela. A miuda qdo viu o pai desatou a berrar a dizer que queira-o! Tantas vezes lhe disse para não se ir por junto dela pq esperava uma reação dessas... enfim...

A festa decorreu com normalidade, muito engraçadas as atuações das salas. A Eva sp a portar-se lindamente, tendo em conta a sua idade e o tempo que ali estava. Volta e meia, sugava-me as mamas... mas era a unica forma que tinha de a aguentar, pois tinha lanchado cedo e eu com a confusão toda não levei nada.
Num dos intervalos entre atuações a minha Eva começou a "meter-se" com um sr. que estava sentado no banco à minha frente. Começou a dar-lhe festinhas nas costas e eu achei engraçado, não liguei. Pouco dps voltou a fazer o mesmo e eu até estava expectante que o sr se virasse e se metesse com ela, portanto uma situação normalissima (na minha perspetiva).
Então não é que ouço o homem a resmungar, eu não queria acreditar no que ouvia: "vamos lá parar com essa brincadeira que isto ainda vai dar mau resultado", resmunga em tom ameaçador.
Eu nas minhas ingenuidades, pensei para mim que talvez o sr. pensasse que fosse eu a fazer qq coisa, nem sei... e disse: " desculpe, foi a menina que estava a meter-se consigo" ao que me diz: " eu já lhe avisei, não volto a avisar". aí caiu-me a ficha e percebi realmente que o homem incomodou-se por a miuda tocar-lhe nas costas!!!!!! O que é isto? Ah eu senti um misto de emoções: consternação, furia, senti-me ferver e continuei: eu nem sei o que lhe disse, estava tão passada com aquela situação surreal, e as pessoas em redor estava tudo parvo...ele, nem sinal.
Como interpretar uma reacção destas? Insensibilidade? intolerância ao toque? ou pura anormalidade?
Confesso que aquilo caiu-me realmente mal e a miuda volta e meia espreitava e queria repetir o gesto e tive que lhe reprimir, porque ainda o homem me saltava a bater, Juro que senti-me ameaçada fisicamente. Até porque dps apareceram pessoas ali perto da minha cadeira, para tirarem fotos e encostavam-se ali e eu, intencionalmente, pq a miuda jogava a mão, ou queria dar uma festinha, perguntava á pessoa se não se importava, e o outro a ouvir aquilo tudo....
A festa continuou, por fim a minha Carmen atuou, desta vez na musica da sala dela e desta vez estava sorridente e descontraida, o que me fez ficar bastante feliz. Tudo correu bem à exepção deste contratempo.
Tinha uma mãea 2 cadeiras ao lado da minha que me veio dizer: ai não ligue, aquele é o pai do S, um bruto de todos os tamanhos. Ai é da sala da Carmen? é que estava decidida a terminar a conversa, porque eu não consigo engolir sapos e este era bem grande.
Fomos à sala da miuda e o meu marido estava por ali e ouviu a mãe a comentar aquilo e inteirou-se do que se passou... ficou como é obvio furioso e foi a caminho do pai... e agora imagine-se a conversa: resumindo foi dizer ao meu marido que a bebe lhe estva a incomodar, que tinha 2 filhos e que queria estar atento à festa e que a miuda era pequena e tinha força e tinha-o magoado! ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh valhe-me Deus. O meu marido qdo ouviu aquilo da boca dele não sabia da história e até pensou que a Eva lhe tivesse batido com alguma coisa... enfim

resumindo: este mundo está todo às avessas ou se calhar foi mesmo um dia mau, pois a probabilidade de acontecer uma situação destas é reduzida, tendo em conta as circunstancias, local e pessoas envolvidas.
Há mta gente doente, podre de afetos. Não quero analisar, interpretar ou generalizar seja o que for, mas isto não é normal.

bjos duma mãe cansada


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O poder das recordações

Este ano, com pena minha não sei se haverá a habitual foto de familia que enviamos aos nossos amigos e familiares pelo Natal. É que o pai teve um acidente e partiu o dente! Justamente o da frente. Até rima.. ahahah. O dente novo do pai não vem, o velho foi colado nos entretantos mas soltou-se. Coitado do meu marido! Não quer tirar foto nesta "figura" E eu ando sem tempo para fotomontagens.
Em 3/4 anos tudo mudou nas nossas vidas... para melhor é claro. Esta altura traz-me recordações. Justamente nesta altura estava grávida da EVa, e tb antes (quase) da Carmen. Uma sucessão de imagens, sentimentos e acontecimentos ganham forma e contextualizam momentos importantes da minha existência.
Preciso ganhar coragem para me dedicar às minhas manualidades e concluir algumas lembranças.
Deixo uma foto da minha menina com um dos trajes que fiz p a festa de Natal da escola, que será amanhã. Mal posso esperar por ver a minha loira! Alguém dá palpite de que nacionalidade se trata? ah ah ah
conto voltar antes do Natal, mas não gosto de fazer promessas quando n sei se as consigo cumprir, pelo que antecipadamente desejo um santo natal a todos os meus visitantes, com muito amor, paz e saude.
bjs nossos
Carla

Posted by Picasa

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Espalhar magia

Caminhando em direcção à saida do infantário com as minhas meninas pela mão, fazemos uma paragem para o chichi da carmen.
Elogio a bola brilhante que leva no dedo_: o convite para a festa de natal, que exibe orgulhosamente.
Falamos, entretidas e empolgadas do pai Natal e na noite de Natal. Um menino de 4 anos entra no wc, e interrompe a nossa conversa dizendo: "O pai Natal não existe" - com um ar de como é possivel alguém acreditar que o pai natal existe, ISSO É MENTIRA!
A carmen olha para ele admirada e eu admirada fico e dirigo-me a ele dizendo: "Existe sim!" É um sr. gordinho, com barbas branquinhas e fofinhas e..." sou interrompida com um "Não existe não", repetido várias vezes.

Percebi, que naqueles olhos não brilhava a fantasia! Será que isto é possivel? Uma criança de apenas 4 anos, acabadinhos de fazer, abrir mão de exercitar a sua imaginação, NEGAR-SE OU SER-LHE NEGADO o prazer e felicidade de criar e recriar momentos mágicos?

Evoco lembranças do passado... Recordo-me da botinha que deixava debaixo da chaminé, por cima do fogão. Recordo-me da euforia e da noite que levava horrores a passar para dar lugar ao dia. Que felicidade imensa! A bota estava recheada de chocolates e das minhas "bombocas de côco" preferidas. Os embrulhos eram rasgados rapidamente. Lembro-me de agradecer ao pai natal por ter lido a minha carta e me ter trazido aquelas prendas tão desejadas.

Então sinto necessidade de intervir e empolgada continuo:
" Mas na casa da Carmen existe o pai Natal não é filha?" Vamos pendurar a nossa bota na lareira.. (arregalo os olhos e dramatizo a descrição que faço). O pai natal depois desce a chaminé e deixa uns chocolatínhos e tira algumas prendinhas do saco...(os olhos do menino começam a brilhar e a crescer, mas logo dispara: DIZ ELE: " desce a lareira e queima o rabo"
mas eu continuo a história e viro-me para a Carmen", não queima pois nós temos tudo preparado para a sua chegada e na noite de natal não acendemos a lareira para ele poder descer à sua vontade"...
Olha menino, como te chamas? Espero que o pai natal te dê umas prendinhas... e entretanto a Eva "foge" e a conversa fica por ali.

Tive um misto de sentimentos: 1.a reacção foi sentir-me desafiada e consternada, pois a situação em si mexeu com a minha criança interior, mas logo estes sentimentos deixaram-me a pensar que agora, nos tempos que correm, mais do que nunca é necessário espalhar magia.
A fantasia é fundamental para o desenvolvimento da criança, basta pensarmos que o poder da imaginação é uma das ferramentas mais importantes do cérebro humano! Capacita-nos intelectualmente, molda e clarifica emoções. E é com esta simples formula que se germina a criatividade, e se evolui como pessoa.

Por isso mesmo, é urgente entrar nas brincadeiras dos nossos filhos. Cultivar a imaginação, criar suspense, autorizar a criança a entrar no mundo da ficção, sem receio!
Porque uma criança saudável sabe perfeitamente separar a realidade da ficção e a seu tempo, sem pressas, elas se aperceberão que aquelas queridas personagens fazem parte do seu imaginário, e não, não se sentirão enganadas por nós!

Favor brincar, sem censura e sem medo de sujar a calça ou estragar o sapato.





terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Quem me dera

ter um gravador! Para puder gravar como se desenrolam as nossas conversas e mais tarde, puder escutar, as vezes que forem necessárias...
Escutar os nossos filhos não obdece a nenhuma ciência exata, até porque cada criança é diferente e quem melhor que os pais para as compreender? Quem melhor as conhece? Sabe quais as suas caracteristicas, aquilo que mais gosta, o que evita, o que tem medo, o que a excita?
Aprende-se a escutar, vai-se por tentativa e erro, às vezes por intuição, mas a maior parte das vezes chega-se ao caminho certo explorando, avançando, recuando...

Está na hora de enfrentar os nossos receios e as inseguranças e pensar duas vezes antes de abrirmos a boca para reprimir os nossos filhos, para lhes anunciarmos que isto não PORQUE não, ou FAZES isso PORQUE estás perdido de sono, ou QUERES gritar vai para o teu quarto.

Afinal e a criança? Não tem uma palavra a dizer? Resultado: muitas vezes deixam de confiar em nós, desafiam-nos com birras mais elaboradas e mais tarde, quando o tempo passar, acabaremos por chegar à conclusão que cada vez ELES estão mais distantes de nós, e não sabemos como chegar até eles, porque começam a evitar-nos, desvalorizam as nossas atitudes e preocupações e porque? Porque não soubemos DAR, RECONHECER, ACEITAR E RESPEITAR.


Mas como é que isso se faz?

Treinando, todo o santo dia... Mas para isso temos que estar nós proprios disponiveis para OS ouvir, e para isso, temos que nos desfazer de velhos hábitos que apenas servem para nos afastar dos sentimentos, do mundo afetivo das nossas crianças e, por sua vez, da própria criança que fomos.

Eu aprendo todos os dias com as minhas filhas. Não é fácil, eu sei! Há dias em que sentimos um frenesim percorrer o corpo e esperamos AQUELA oportunidade para extravasar, deitar cá para fora tudo, e aquele pequeno ser está mm à mercê, prontinho para nos fazer perder o controlo!

Depois vem a culpa, o desconforto, a saturação e o cansaço... e andamos presos a esta roda viva que gira, gira... mais do mesmo.



Regra n.º 1:Esqueçam os PORQUES, optem por simplesmente acompanhar a conversa com um "ah sim?... humm, e dps?:"Mãe tenho medo de voar" dizia-me hoje a Carmen

"ah sim?"

- "sim... "

"então"?

"A Carmen voa para longe e dps não consegue voltar"...

ãhhh"

" A Carmen queria ser um pássaro, a Carmen tem medo mãe"

"Eu: Gostas de voar filha, queres ser um pássaro...

Ela: Sim... queria voar, não faz mal mãe?

Eu: " Voar é bom... se quiseres podes voar...

Ela: Mas a carmen tem medo...

Eu: Hummm... então a mãe poe um fio no pézinho para puxar como ao nosso papagaio, assim a Carmen não desaparece, volta do céu...queres voar assim?

Ela: Voa comigo mãe

Eu: Aconchego-a à minha frente e abro-lhe os braçinhos e imitamos o voo dos pássaros, faço-a sentir o vento na cara....

E assim se acolhe os pequenos medos dos nossos filhos, reconhecendo-os, sem julgar...Se eu não acompanhasse o seu sentimento, e simplesmente lhe perguntasse porque tem medo, que não há razão para ter medo, talvez não tivesse a oportunidade de partilhar com ela este momento!

E porque não pensar um pouco sobre isto? E porque não optarmos simplesmente por ouvir? Experimentem! Verão como vão entrar num mundo totalmente novo... o mundo visto e sentido pelos nossos pequenos!

domingo, 11 de dezembro de 2011

ÉS má, não gosto de ti!

preocupa-me a facilidade com que se diz, a forma banalizada e desinteressada com que o adulto pode dizer tal coisa!
E depois também me transtorna a reacção dos pais, que, geralmente ao ouvirem tal coisa, ou reforçam: "ah pois é, muito mázinha esta menina" ou : "Isso? " ainda não viram nada, é terrivelzinha"...ou esboçam um sorriso desengoçado, ou porque ficam surpreendidos ou porque não gostaram mas não respondem...

Pois digo-vos que, na minha opinião, é totalmente errado fazê-lo! E porquê?
Porque é uma falta de respeito pela criança, porque em fases sensiveis do desenvolvimento psico-afetivo, esta declaração pode condicionar a sua forma de estar, ser e sentir!
Muitas crianças, acabam por acreditar que são realmente más e tornam-se pessoas inseguras, com baixa-auto-estima, etc, etc... enquanto outras, assumindo internamente que são más, esse sentimento é tão desconfortável e doloroso que têm que jogá-lo fora, e como o fazem?
Assumem o papel de maus e transformam-se em crianças agressivas!

Na criança, em determinada fase, é normal que (frequentemente) diga, como resposta a uma frustração, a UMA chamada de atenção, que não gostam de nós, que somos maus! Encaro como uma tentativa de aproximação e/ou busca de contato. Aos 2-3 anos (e por aí fora) as crianças não possuem as ferramentas mentais para saber o que é certo ou errado, exprimem um leque vasto de emoções e são mto reativos, porém carecem da nossa ORIENTAÇÃO para gerir as coisas, ainda estão centrados neles próprios e vivem no presente e de forma mto intensa!!!

Hoje, fomos a 2 festas de aniversário. A Carmen acordou mto cedo como sp e não dormiu a sesta. Estava mto cansada. O 1.º foi às 14h num espaço infantil... À saida, os sapatos estavam arrumados nas caixas p o efeito e qdo fui pegar neles, ela fez birra, queria ser ela a ir buscá-los e a calçar-se sozinha! Um dos responsáveis pelo espaço assistindo à cena, (completamente normal para mim), interviu com esta triste frase: "ES MÁ, NÃO GOSTO DE TI"!.
Fiquei atónica e perplexa. Vejo a miuda a olhar para ele, outros pais à saida a acharem graça, ele a achar-se mto engraçado e viro-me para a minha filha, olhando para ele e digo-lhe: " A minha filha? É uma princesa linda e doce, a mais bondosa que já vi, adoro-a" Ela respirou fundo e abraçou-me, enquanto ele desapareceu dali... Ainda bem que o fez, porque eu ainda não tinha acabado...

Embora a nossa vida seja uma correria, para a maioria dos pais a pressão é enorme e não raras as vezes e sem grande consciencia, se ilumine os pontos negativos dos nossos filhos, peço que reflitam nestas questões, pois uma frase que não parece ter qualquer tipo de importância para nós, para eles pode fazer TODA a diferença.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Vacinas



Há algum tempo que reflito sobre o tema da vacinação. O meu sogro que trabalha na área da saúde fica transtornado sempre que falo que fui agendar vacina, ou fui dar vacinas.

Não tinha uma opinião formada... simplesmente nunca pensei verdadeiramente no assunto. Há um plano de vacinação. Nas consultas de pediatria somos bombardeados com informação relativamente à vacinação suplementar... pedimos opinião do médico, afinal ele é o especialista...

Hoje, e porque nada acontece por acaso, li um artigo duma newsletter da clinica de homeopatia onde levo as minhas filhas. Fiquei surpeendida com os factos, com as pesquisas.

Dá que pensar... recebi-o justamente depois de ter tomado a decisão de não dar mais dose nenhuma da prevenar à minha Eva. A enfermeira disse-me porque não o faria, com ar de repreensão... simplesmente respondi que tomei essa decisão.

Se não estivermos informadas, não podemos ter opiniões formadas e deixamo-nos levar pelos automatismos....

Vou estudar muito bem as informações que recebi. Simplesmente desconhecia que podemos inclusivé assinar um Termo de Responsabilidade para a não administração de vacinas.

A vacinação, ao que li, é toxica e prejudicial à saude.

Agora a minha duvida. quando pedem na escola o boletim de vacinas atualizado, pode haver constragimento a apresentação deste Termo de Responsabilidade ? Legalmente é possivel, vou aprofundar este assunto e dps volto a pronunciar-me

dá que pensar...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Que se passa?

Aqui por casa, não sei se é influência do tempo no humor, da época em si, mas tem havido uma sucessão de acontecimentos menos felizes ou mais tensos...
Ao meu marido têem-lhe acontecido várias situações que, felizmente têm-se resolvido e acabam por ser aprendizagens para ocasiões futuras...
Já eu, ando num frenesim de cansaço e bloqueio e parece que me sinto com dificuldades em respirar ar puro...
A Eva com os seus 14 meses, tem sido uma autêntica lapa, cola... Anda os dias agarrada a mim, às minhas pernas e faz birras de se jogar ao chão!!!!! SIm! Com isto as minhas energias são todas direcionadas para ela. Independentemente disso, tento responder às suas necessidades, com calma, colo e paciencia. Mas por outro ldo dps sinto-me saturada e, em situações identicas talvez me desembaracia melhor. Sinto dificuldade em gerir as responsabilidades de trabalho e tennho procurado mais ajuda por parte da minha irmã, que está desempregada, ao menos para a levar a passear enquanto eu trato de algum assunto mais complexo. Por vezes basta sair porta fora da clinica e volta em 10 minutos a dormir... Acontece que dps consigo estar mais sossegada a tratar do trabalho, com sorte saio para o ginásio e ela dorme (sorte do pai). Claro que quando chego ela aí acabou de despertar e qdo me vê, esteve longe de mim 1 hora e parece que foi uma eternidade e não me larga! Agarra-se às minhas pernas e para fazer alguns afazeres domésticos, ando com ela no lombo, porque se ela está nesta fase tenho que lhe dar atenção. Dps passo-me por ver a casa de pernas para o ar ou por vezes, ter que sair de casa, porque mais vale ir passear com ela e ir dps direto buscar a irmã à escola do que ficar em casa na expetativa de conseguir fazer alguma coisa.
Com isto, falta-me o ar! E quando estou com o meu marido é ele o saco de boxe... Ele diz que eu exagero, que preciso de um tempo para mim, mas dps passa na pele e ´constata que na realidade a miuda anda assim...
Dps para isso tem contribuido o facto de não conseguir conciliar tempo para ir ao ginásio, a não ser ao almoço, pq ao final do dia, por na balança os beneficios/não compensa, pois chego a casa com 2 meninas carentes de atenção, que não me deixam tomar um duche e é a correria de sp para as cuidar antes da cama...
Apetece-me gritar e dar uns valentes murros num saco de boxe... é remédio santo para descarregar estas energias bloqueadas.
São apenas dias... passarão.
Escrever é terapeutico, pelo menos para mim
até breve

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Até breve!

A minha Carmen ainda não tem, como é obvio, o entendimento acerca das despedidas. A prima vai para o Brasil com os pais. Aliás parte hoje ao final do dia.
O nosso país está mergulhado na crise e portanto há que tentar a sorte em novas paragens. A vantagem neste caso, é que não vão às escuras, sendo ela brasileira...
Ontem batizaram a menina e fizeram um almoço para a familia chegada em jeito de despedida!
Sei que a Carmen não percebeu, embora já lhe venha alertando com explicações sobre o assunto.
Sei tb que depois de se aperceber, vem o vazio e a nostalgia e devo permitir que fale e se expresse sobre o assunto. Sei que no caso dela, vai repetir a cena vezes sem conta. Isso é muito importante para as crianças de forma a puderem elaborar as perdas.
Espero sinceramente que consigam alcançar os seus objetivos e que a menina se adapte sem grandes turbulências.

Conto um dia puder ir visitá-los, porém estamos em época de contenção e viajar para terras brasileiras, 4 pessoas não é, de todo, exequivel assim sem mais nem menos. Esperemos que um dia possamos!
Até breve e muito boa sorte!