terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Auto-conhecimento

cada vez me sinto mais impelida para a filosofia oriental. Estou numa fase de recolhimento, tal como a Natureza ;). Tento expelir de forma mais equilibrada este sentimento de furia e zanga que me acompanham... Parece que estou cedendo o devido lugar, nomeando este sentimento que me tem acompanhado na vida.
Lembro-me de me sentir assim (zangada comigo própria) quando queria engravidar e não conseguia. O meu escape foi sempre o corpo. Objectivo expulsar estes sentimentos através da energia corporal. Então eu fazia muito ginásio, tinha todo o tempo livre para mim. Ele era bodycombat, fit-boxe, dança, bike, o que fosse...
Depois este sentimento se transformou para acolher as minhas crias, totalmente passivas, à minha mercê.
As crias foram crescendo e se desenvolvendo para novas etapas e viagens no seu desenvolvimento e mais uma vez, o meu auto-controlo é posto em causa, a cada birra mais acentuada, à energia que coloco em gerar alternativas aos meus automatismos. Esta é uma das provas mais duras que me debato.
A contenção que faço está a remexer com as minhas entranhas, e estes sentimentos vitais regressam á tona.
Daí que o escape fisico não seja suficiente, porque ele sai e regressa a mim... não há uma libertação genuina.
Então o que fazer? Não quero gritar para elas.. Quem lê isto parece que sou uma histérica que à minima circunstancia desata aos berros... Não! Não sou assim... Mas em situações de conflito extremo, tenho tendencia a elevar a voz... Bloqueio totalmente à palmada ou a qualquer repreenda fisica, simplesmente não consigo, então o remédio é ser rispida. Mas eu não quero ser rispida nos conflitos, quero ser firme e calorosa!
Na teoria é bonito, aliás hoje levei a manhã ao telefone a aconselhar mães neste sentido, mas depois eu sei que é dificil, muito complicado, porque isto mexe com o nosso inconsciente e com a criança que fomos um dia.
E agora estou na fase em que quero/preciso autorizar a raiva, a ira, (...) a sair... Preciso remexer nas minhas memórias e perceber o que está lá atrás, se existe algo... eu sei que existe... acho que já resolvi, se calhar não ainda...
Bem, o remédio é ir gritando enquanto conduzo o carro, ou ir junto ao mar e oferecer-lhe esta energia, devolvendo-me calma e serenidade....

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