quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

A desintoxicar

depois destes dias de festa, há que desintoxicar o corpinho.
A passagem do ano, foi em casa. Comida boa na mesa, miudas bem despertas para ver o fogo de artificio.
A C delirou, a E continua com medo do barulho...
estes dias têm sido passados entre o trabalho e as crianças.
estou cansada, não é fácil aguentar com as miudas os dias inteiros, ainda para mais quando precisamos ver coisas para a obra: procurar materiais, encomendar ladrilho, ir para o meio dos tijolos e cimento com elas.
Chega determinado ponto que me sinto completamente saturada.
Chega ao final do dia, e a pilha não acaba, sempre prontas para mais alguma coisa... a paciencia essa nem sei como ainda existe...
A mais velha continua surda e/ou teimosa. Já não posso sair com as 2 a uma loja como antes... A maior mexe em tudo, é trapalhona, estou sp com receio de parta alguma coisa com os movimentos que faz. Não é de pedir nada, mas é tão louca.... ao ponto de eu já ter sido chamada a atenção por causa dela andar a pisar uns puffes de pele, quando pedi que ficasse sentada. Está-se nas tintas para o que dizemos, simplesmente não assimila....
com este tempo horroroso, é ver-me aproveitar o sol quando se pode.
Ontem, no 1.º dia do ano, saí com as 2 para andarem de bicicleta, pois já tinha tudo orientado para o almoço de ano novo....não as privo de nada... como recompensa, ao puxar as bicicletas para o elevador, o botim prende na calha e pimba, rasga a pele toda do tacão....andam e pedalam e eu sigo no ritmo... entusiasmam-se e no regresso e ver-me toda torta com um vestido de caximira, unica coisa que consegui apanhar nos saldos com elas (enquanto eu me visto no provador e as moças gritam e esperneiam para sair lá de dentro) com um sol danado a bater-me nas costas e eu a arfar de calor, tal burra de carga a puxá-las de regresso, pois a pequena recusa-se a pedalar....
assim inicio o meu novo ano, a precisar de um tempo só para mim.
o ano novo traz os mesmos problemas do velho, com os que me rodeiam... é ver-me apanhada em histórias que não são minhas, a ter que empatizar com desgraça alheia.
Para este ano que entra, conto cuidar da minha saude e das minhas filhas, especialmente da C
Espero do fundo da minha alma, seguir serenamente na minha evolução, deixando de viver os problemas dos outros... afinal a Natureza ofereceu-me uma Mãe frágil, imatura, sensivel, ingenua e doente e eu tenho mesmo que aceitar que as coisas são como são e desprender-me porque a vida é para ser vivida e eu tenho a mania de querer amassar o mundo... mas nem todo o fermento leveda.... aceitar, aceitar, aceitar! É dificil compreender quais os motivos pelos quais eu pertenco a uma familia que nada tem a ver comigo, com a minha filosofia, com os meus valores....adiante, que se exorcize isto.... nada posso fazer... o meu marido diz que vou ter um problema para a velhice (deles).
bom, este desalento é reflexo das 2 semanas a respirar miudas: miudas no trabalho, miudas na obra, miudas na cozinha, miudas a madrugarem.... logo passa e então voltarei com mais energia construtiva.
Desejo um bom ano para todo/as!

2 comentários:

Dina disse...

oh amiga revejo nessas tuas palavras. Ao menos tens teu marido que te ajuda - e isso vale muito. Ja eu toco o barco sózinha...e ha dias em que mesmo exausta tenho de engolir em seco e contornar situações desagradáveis. É isso aceitar o que nós nao podemos mudar.

beijoca grande e bom ano

La Piriguete disse...

Carla aqui é igual, quer dizer, é só um, mas o sentimento de "acabem estas férias por favor!" é o mesmo. Hehehe! Imagino com duas...
beijinhos