quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Como foi

Ontem fizémos a viagem debaixo de um temporal enorme. Não se via um palmo à frente... Lisboa estava caótica, congestionamentos, acidentes, pára-arranca. Estávamos em cima da hora e o telefone toca: IVI! Passavam 5 min das 17h. Não era muito normal atrasarmos, sempre cheguei na hora exacta. Comecei a ficar um pouco tensa, não gosto de atrasos. Lá expliquei que estávamos perto da clinica, mas presos no trânsito. Quase perto da avenida, mais trânsito. Pedi ao Hugo para continuar e tentar ir colocar o carro no estacionamento da IVI. Saí, disparada a pé- entrei na clinica e fui verter liquido. Já não me aguentava, mas não podia ser todo! Lol. No segundo seguinte, eu a sair da casa de banho e a enfermeira a encaminhar-me para ir fazer a análise do estradiol. Tudo muito rápido, Não tive tempo para pensar em nada.
De agulha no braço, o sangue não saía: "Está muito tensa", dizia a enfermeira: "não me diga!, pensei eu". Estava tudo programado até ao ultimo pormenor. Já num corredor enorme (que desconhecia) venho o Dr, que me cumprimenta e diz que já vai ter comigo. Entro num quarto e a enfermeira dá-me as instrucções: tirar a roupinha e vestir a bata. Num àpice está o médico a perguntar-me se tinha tomado analgésico: EU NÃO! ninguém me disse! Bom, não interessa, estamos prestes a iniciar a aventura. Lá vou eu, parecia uma maluquinha por aquele corredor, de barrete verde na cabeça. Quando avisto a sala de operações, engulo em seco! lol. Metia respeito, muito fria, muito avançada tecnologicamente. Respiro fundo e muito bem disposta (auto-instrucções) vou fazendo o que me pedem. O Dr. diz que vai passar um sabão neutro, a brincar- que era a anestesia. Foi o que custou mais. Não olhei mais para aqueles objectos cirurgicos enormes. Devagar, começo a ficar dormente e aí tudo se fez. A assistente foi uma querida, sempre a dar-me festinhas, e o Dr. sempre muito cuidadoso. ÁS tantas estavas fico meio zonza, olho para cima de mim e vejo uma luzinha vermelha. Agarrei-me a ela, eu e as minhas visualizações.
O dilatação do colo do útero demorou cerca de 40 min. No final doía-me a barriga onde a enfermeira pressionava com o aparelho ecografo. Tive ali duas ou três pontadas mais fortes no final e depois passou.
Encaminharam-me para o quarto, onde tive à espera que o Dr. viesse dar o resultado do estradiol. Bebi um cházinho com um bolo para puder tomar a medicação. Felizmente efeitos secúndários não tive. Só sangrei.
O estradiol está baixo. O médico quis ser prudente com a medicação por causa dos meus ovários micropoliquisticos. Mandou-me aumentar a dose para 150.
E pronto, vim para casa enjoda. Andei metade do percurso com a janela do carro semi-aberta, o meu marido estava enregelado! Coitado.
Chegado a casa, ainda teve que me picar. Já não tenho sitio, a pele está a ficar dura e massacrada. O meu braço ficou todo nego por causa do estradiol, mas... estou bem. Avanço para o meu/nosso sonho e isso vale qualquer sacrificio.
Sexta- feira, regresso a Lisboa para fazer eco e estradiol.

3 comentários:

Sandra Neves disse...

Como vez tudo correu bem! E agora continuar para alcançarem o vosso sonho.
Beijinhos Natalicios
Sandra

Camy disse...

Todos os sacrificios são por uma boa causa. É o caminho para um sonho.
Fico feliz por saber que tudo correu bem.

Camy

Dina disse...

Oh amiga tanta confusão ontem que nem comentei aqui.
Pois sabes bem como me identifico com estas aventuras...
O que desejo é que possas olhar para trás, rir de todas elas e orgulhares-te, da mesma forma que eu me orgulho hoje.
Que as proximas viagens sejam menos atribuladas...mas tambem seria aborrecido para alguem tão activo como tu se não acontecesse assim um ligeiro stress.hehehe.
beijocas grandes