Os instintos

as minhas crias crescem, e sinto que são felizes.

cada uma com uma personalidade distinta, complementam-se. São amigas e cumplices!

Esta tarefa de ser mãe e de alimentar emocionalmente ambas é exigente mas compensatório.

É exigente porque o mundo evolui, porque as crenças acerca da educação modificam-se e eu mantenho-me fiel aos meus valores e principios.Não sigo receitas pediátricas, sigo o meu instinto... Não deixo que interfiram na forma como eu encaro a maternidade. O vinculo que tenho com elas é forte demais, tem sido cultivado com dedicação e entrega (quase) total. É um desafio constante, são elas que me fazem ser uma pessoa melhor.

A minha filha mais velha está linda, independente... Com ela sou posta à prova a cada birra mais marcada, à sua plasticidade emocional, à crise dos 3 anos!Com a mais nova, revivo o desenvolvimento da 1ª. Sinto mais firmeza e segurança nas decisões que faço, quando dorme comigo desde que nasceu, quando lhe deixo no chão a explorar o mundo sem medo que se suje ou magoe, quando lhe dou o meu peito, ou respeito as suas greves de fome.

São muitas horas de colo, muitas mesmo. Todos os dias repito ás minhas filhas que as adoro, a Carmen já faz o mesmo.... Estamos em tempo de crise, não sei como vai ser o futuro delas, mas quero muito acreditar que estou a formar seres felizes, confiantes e autónomos, no fundo... nutridos emocionalmente, porque hoje em dia é mais importante ser-se inteligente emocionalmente, esses não duvido, terão mais probabilidades de sobrebiver.

Por muitos dias menos bons que tenha, que me sinta exausta e sem tempo para mim, o tempo não volta atrás. Há um longo caminho a percorrer e eu quero estar presente na vida delas e quero que elas sintam isso: protegidas e amadas, que expressem sem medo o que sentem, que aprendam a gerir as suas frustrações... enfim... que sejam felizes.

Esta é a minha missão: "dar amor" ;)