sexta-feira, 28 de junho de 2013

Será possivel... reflexões

olhar para elas e vê-las a crescer a um ritmo alucinante. Já não são minhas bebes. Já não estão agarradas o tempo todo nas mamas, já não dormem comigo...E este caminho foi pacifico, sem dramas, choros, apenas o tempo passou e eu tentei respeitar os ritmos, pedidos e exigências.
Durante este ano eu fiz um desmame das minhas crias. Sim, porque pela primeira vez desde que fui mãe que, foi possivel passar algum temo a sós comigo. Não consigo deixar de pensar nelas, o assunto recai sempre entre algo relacionado a elas, porque no final de contas elas são meu plexo solar! São parte da minha pele, com elas sinto-me preenchida e realizada.
Valorizo minha familia (filhas e marido), mas eu também começei a valorizar aqueles gestos futeis que no passado me angustiavam e não conseguia parar de pensar no vazio que era minha vida, pois faltavam os filhos. Nós transformamos nossos objetivos de vida e os colocamos frente a nós, "nada" importa, "nada" tem mais valor que haver vida a crescer dentro de nós. Como passei a valorizar isso. Como?
Talvez por isso, a minha vida tenha mudado, eu tenha mudado. Acredito que foi este desejo intenso que me fez olhar para a maternidade como uma 2ª pele, a valorizar o parto natural, o apego, a amamentação, o co.sleeping, a disciplina positiva.... enfim...
Mas hoje porém, também valorizo aquele momento em que posso caminhar despreocupada só comigo própria, penso com nostalgia de quando não tinha horários, podia sair à noite e comer descansada num restaurante. Nostalgia, apenas como fator que me faz valorizar o reencontro comigo mesma.
Poder perder tempo a tratar de mim, a dar um banho demorado... coisas normais mas que passarama  ter outro valor.
É na fusão harmoniosa de todos estas nuances da nossa vida que vivo, que me movo. Sou feliz assim e agradeco todos os dias pelo que sou e pelo que tenho.
Continuamos a aprender em cada etapa, desde que estejamos bem com o nosso passado.
Há tanta gente agarrada ao passado, à vida que não teve, ao se.... lido diariamente com esses exemplos, mas nem preciso de tanto, basta olhar para quem me pôs no mundo...
mas até neste aspeto eu tenho evoluido: o rancor, a impertinência e a zanga abrem caminho a outros sentimentos mais equilibrados... por vezes temos que aceitar e seguir em frente... Há almas que infelizmente não vão puder evoluir, como já dizia o outro, não há doenças incuráveis, há sim pessoas incuráveis...
Por uns motivos ou outros aquelas pessoas que deveriam ocupar um papel de destaque da vida das minhas filhas não o fazem... problema delas. Não sabem o que perdem... Viverão amarguradas e presas aos fantasmas da negatividade e pessimismo ou desesperança. Um dia... pode ser que... já não me preocupo, entrei na fase da aceitação.




1 comentário:

Dina disse...

Tb pra mim o papel de mãe tem sido uma 2ª pele que tenho aprendido a sentir. Digamos que continuo a degostar cada vez com mais prazer dessa 2ª pele.
E um banho demorado e sózinha é coisa rara cá por casa - quando acontece sabe a mel. Tenho sempre o tempo tão preenchido que ás vezes se tenho um pouco livre pareço barata tonta sem saber o que fazer. Gostaria de ter tido mais um ou dois filhos(as)...embora com o marido que tenho fosse complicado. lol.