Um nó na garganta

sentei-me e abri uma página do word. Fiquei assim, meio anestesiada a olhar para o ecrã vazio e branco, bloqueada ou negando-me a encarar este nova fase que se aproxima.
As primeiras palavras são digitadas: anulação matricula ano letivo 2013/2014.
Sinto-me pesada, sensivel quando toco neste assunto.
Novos desafios se aproximam, mudanças, adaptações, integrações...
A minha Carmen eu já tinha feito uma análise emotiva e sei que é fundamental ela fazer agora esta mudança. É importante que dê este passo, porque é uma criança reactiva, sensivel a mudanças e precisa se identificar com o espaço que vai ser seu nestes próximos anos. Tem que crescer, fazer novos amigos, já que deixa outros (todos) para trás... isso entristece-me...
O que me apazigua o coração, é que provavelmente seguirá com ela, uma menina, que para além se ser a sua melhor amiga, é nossa vizinha, mora no piso abaixo e isso me conforta... e muito... saber que podem se apoiar mutuamente. Assim custa-me menos pensar no assunto.
Já a Eva, eu quando penso na Eva dá.me vontade de chorar.... A minha Eva linda é a minha menor das preocupações na creche onde está: em 2 minutos ela atira-se aos braços da educadora, brinca com todos e adora a sala... Sinto mais pesar, porque sei que se permanecesse onde está, iria ser acompanhada pela mesma educadora, que é uma profissional que gosto muito. Se mudasse de educadora, acho que não me chateava tanto e ia pensar em todas as desvantagens que teria em mantê-la longe de casa.
Amanhã vou efetivar a matricula dela no Jardim de infância para onde virá. Estou ansiosa, desejosa de ir visitar as instalações, conhecer as pessoas responsáveis, uma vez que, pouco esperançada apenas me dirigi à instituição para preencher a inscrição, e no meio de gente apinhada, não houve tempo para mais.
Tem um bom espaço exterior, isso é bom... As instalações são mais velhas, não poderei comparar às da instituição que as minhas filhas frequetam, visto que é um edificio recente...
queria apenas arrancar esta agonia que me corroi as entranhas.
Quero abafar estes sentimentos. Quero ser racional.
Quero pensar que, a partir de 15 de Julho estarão de férias e portanto a passagem a outra fase será gradual, há um afastamento natural por conta das férias ao local e às pessoas e portanto tudo correrá bem...
:(((