quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A saga

continua... os bichos não largam a minha porta. Desta vez temos a Eva. Ontem foi o pior dia: prostrada, recusa alimentos e ao final do dia surge a febre. Pc depois vomita, 1, 2, 3x. Há 2 dias que não comia nada a não ser o meu leite. Começo a desconfiar de algo mais do que mera constipação... Gastroenterite será?
E nestes momentos de não fosse as minhas mamas, como era?
A Carmen de manhã tem um surto subito de "mãe" e quer que seja eu a levá-la. Vamos conversando animadas e fica alegre. Regresso disparada porque o pai tem que entrar ao trabalho para fazer passagem de turno e ligo às médicas homeopáticas.
Pouco dps estou no consultório e a Eva é observada. Mais uma bolas e uma água que trago... Chego a casa, o pai vem pra almoçar e eu saio apressada para ir ao ginásio. Só mm para quem gosta mesmo, pq fazer uma aula de Jump, dps de andar a ser desmamada a torto e a direito.
Penso no que a médica me diz... falo de mim e digo-lhe que dps com mais tempo tenho que ser consultada, pq há 2 meses ando a tossir e já me doi o peito, as costelas e basta apanhar algum choque termico e estou cheia de expectoração e tosse. Dps de algumas perguntas prepara-me uma água e diz-me que devemos contextualizar o problema no meu organismo e buscar o medicamento mais adequado, mas que... eu amamento há muito tempo... tenho que parar para puder tratar de mim... digo-lhe que então vou esperar o tempo necessário, que não ia desmamar a pequena.
Diz-me que a amamentação prolongada não é benéfica emocionalmente para as crianças. Não lhe ligo nenhuma e respondo-lhe à letra, mas estou cansado de ter esta mesma discussão com vários profissionais.
Preciso aprofundar os meus conhecimentos nesta área, pois não estou de acordo com este tipo de generalizações.
É certo que a minha filha mais velha é uma criança reativa, exigente, absorvente e complexa... Mas estas caracteristicas a meu ver, são fruto das nossas expetativas e do nosso investimento para ela. Afinal, por muito que passe ao lado, ou não se dê a devida importância, ela é fruto de uma maternidade forçadamente adiada pela infertilidade, é fruto da ciência. Ela é o meu bem precioso, a gravidez não foi vivida com ansiedade, mas com toda a atenção e amor. Qdo ela nasceu, foi uma explosão de sentimentos, desde que a colocaram no meu peito e elao olhou para mim...tenho-lhe um grande apego... mas deixo-a evoluir tendo em conta as suas necessidades e etapas de desenvolvimento, guio-a, conforto-a, dou-lhe segurança e incentivo-a... será isto uma relação disfuncional? A mama é nefasta? Em que sentido?
Já a mais nova, surgiu de gravidez espontânea... vivenciei a gravidez de forma descontraida, mtas vezes esquecia-me que estava grávida não fosse a barriga a crescer... inicialmente carregava um sentimento de culpa em relação à minha C, pois olhava para ela e via-a com 14 meses, tão bebe ainda. Cheguei a pedir para a minha E se aguentar mais um pouco na minha barirga, pois a irmã tinha entrado para a escola e as coisas não estavam fáceis e eu não tinha a paz necessária para canalizar no parto...
dps a mais nova chegou, e invadiu as nossas vidas. parto completamente natural, sem anestesias, sem cortes, fruto da experiencia e de um maior conhecimento... ela mamou minutos dps de nascer, ainda toda suja de sangue, assim ficou colada a mim, eu e ela... foi conquistando o seu espaço, reclamando a minha atenção e hoje nada seria como é, se ela não estivesse na nossa casa.
A minha Eva é calma, desenrascada e independente... Mais dada, é um facto...
COnfesso que preciso voltar a este assunto que volta e meia se discute em relação à mama afetar o desenvolvimento emocional das crianças...preciso de fundamentar o que sinto em relação a isto, que evidencias existem sobre?
voltarei a este assunto

3 comentários:

Dina disse...

Pois amiga nossos filhos são especiais porque os amamos ha muitos anos apesar dos poucos que eles tem.
E tu como mãe sentirás a hora de lhe tirar a mama...não me parece que deva existir altura marcada dia e hora. Tu saberás qdo o fazer, quando tu e ela sentirem que chegou o momento. Deixei no blog uma frase que deixou ontem a matutar e deu força a minha energia de mãe - "Na mãe natureza não existem relógios nem calendários". É quando vocês estiverem prontas emocionalmente pra dar esse passo. Passa-se o mesmo com o tirar a Chupeta ao meu piolho e po-lo a dormir sózinho. Vou deixar fluir. beijos grandes

Luna disse...

Cuida de ti, eu sei para nos mães filhos acima de tudo, mas nos não estamos bem para cuidar deles. no meu caso se eu não tiver bem, tenho a minha mãe que me ajuda no teu caso é mais complicado.
bjos

Luna disse...

mas nos medicos tb tenho opinião semelhante a ti, nos somos mães conhecemos melhor os nossos filhos.
bjos