Hoje sinto-me..

entre a espada e a parede. Busco em mim recursos e alternativas ... espremo espremo enquanto vejo minhas energias sugadas.
A minha preocupação prende-se com a minha filha mais nova. Decidi, que a colocaria na creche aos 2 anos, à semelhança do que aconteceu com a Carmen.
A Eva está a completar os 18 meses e desenvolve-se dia para dia. Continuo a assumir compromissos para com a instituição que trabalho. Sou responsável pela gestão médica. Trabalho muito em casa e estou lá nos periodos da manhã. A minha presença tem sido cada vez mais solicitada pois as solicitações que emergem estão à minha responsabilidade.
A Eva vai comigo. para além disso garanto alguns acompanhamentos no meu consultório, sempre dependente dos horários do meu marido.
Acontece que, felizmente tenho tido afluência de trabalho, e dada a minha situação, sinto que não consigo gerir as coisas convenientemente.
Sou intatisfeita por natureza no que cabe à educação das minhas filhas e sinto que é bastante importante a minha presença e dedicação pelo menos nestes primeiros 2 anos de vida, mais não posso...
Dou por mim mais absorvida em algum trabalho e compreensivelmente a pequena reclama minha atenção, joga coisas ao chão, grita, o que não se compadece com o papel que assumo no trabalho. Embora a Clinica seja familiar, e estas situações se tolerem e se achem normais, não as vejo como profissionais e entro em desespero emocional vendo-me dividada entre as crescentes exigencias de trabalho e os horários e rotinas da pequena.
Este sentimento agrava-se porque a minha irmã que é uma desocupada, podia dar uma ajuda qdo me vejo em apertos, porém decepciona-me a atitude que tem com a miuda...: como é calminha e "boazinha" acaba por andar com ela de café em café, a fazer os seus recados e só coloca a miuda em filas de banco, centro de saude ou institutos de emprego... Ora a miuda já tem aversão e mal a vê, muda de comportamento, não me larga, chora e é um filme para ir com ela. Não tendo outro remédio, às vezes tenho mm que abrir mão, fechar os olhos e deixá-la ir....
mas como a miuda é inteligente, pc dps deixa-se dormir. O que é facto é que isso dá cabo das rotinas todas, dorme qdo não devia dormir, dps leva o dia impertinente...
Para a tia, cuidar é isso: meter num carro passeio, não há fralda molhada, não há hora de comer... é sp a abrir... isso é contra a minha natureza e hj decidi que não posso contar com esta alternativa.
Em desespero vem-me logo à cabeça não assumir mais compromissos com nada e ninguém, mas tb não posso recusar trabalho, as coisas não estão fáceis na actual conjetura...
Mas isso é o pensamento automático a funcionar.... tenho que arranjar saida. Tenho que pensar em alguém com perfil que fique com ela pelo menos 2 manhãs/semana....
Dps assolam-e os sentimentos de culpa e hj até sonhei que tinha havido um tiroteio qq e que atingiram as minhas meninas, a minha Carmen tinha morrido e a outra tinha uma bala alojada na cabeça... até me arrepio só de pensar...
as exigências da vida moderna são terriveis... mas eu não quero "abrir mão" dos meus principios.
Precisava jogar pra fora...