quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Domar os instintos

Nas minhas reflexões sobre educação, tenho lido literatura variada, e uma das coisas que  captou minha atenção foi sobre o destaque às funções do nossos cérebro reptiliano.
Por outro lado, alguns autores falam de sair de cena (positive time out), coisa que tento fazer.
Ultimamente, e felizmente, tenho conseguido gerir o dia a dia com elas sem grandes tensões.
Mas existem circunstâncias que automaticamente accionam meu gatilho impulsivo, e como alguns peritos recomendam ( não reagir nos 30 segundos posteriores à situação) não me parecem ser suficientes. Meu cérebro reptiliano é terrivelmente acordado!

Trocando por miúdos: 
face a ter que gerir idas ao campo para manter a casa (regar o jardim (...) e não ter tempo para ir eu sozinha tratar das coisas, pois a maior sai muito cedo da escola, não me resta alternativa do que, trazê-la a casa, dar-lhe o lanche, orientar TPCs, ir buscar a irmã, e depois por ser de caminho, irmos à casa do campo....
Acontece que inconscientemente já estou à espera de resistência, afinal isso quebra as rotinas dela, que já está cansada e prefere ir para casa, então essa recusa inflama automaticamente o meu humor e não consigo mastigar estas birras em que me diz que detesta a casa do campo, que não quer ir, que esperneia e pontapeia o banco do carro.
Também sei, que esta é a sua primeira resposta, porque quando lá chega, fica fascinada pela terra e pelas ervas e pela água e agarra-se logo à brincadeira.
Mas isto inflama-me tanto, e parece uma sirene de um carro que ensurdece tudo e todos, que se cala, mas volta a soar o alarme instantes depois vezes e vezes sem conta
Como domar isto? Mas por que motivo não consigo ter serenidade mental para ter paciencia e não acender esta chama interna?
Moral da história: fui regar o jardim, ela quis, como previsivel brincar e eu não deixei, ela não queria obedecer-me, mas fui firme, lamento a aspereza, mas em situações tensas (por vezes) não consigo ser firme e calorosa. Exprimi o meu desagrado por ser sempre um problema ir a esta casa, e dei-lhe a escolher se queria ficar por mais tempo na escola enquanto eu me ocupo das minhas tarefas e obrigações, OU ir comigo e ajudar-me nestas tarefas. Elas só me diz porque estou tão chateada e que amanhã já não me lembro... por fim pede desculpa. Eu sublinho que a adoro, mas que fico chateada com essas birras que faz.
Não seria mais fácil, ter discernimento para não me inflamar à sua primeira reacção de recusa? 
Treinar, treinar, treinar.... um dia vou conseguir!

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